segunda-feira, outubro 11, 2010

O FILME


 

TROPA DE ELITE 2

 

Saiba como é o filme Tropa de Elite 2


Divulgação

Wagner Moura agora é o coronel Nascimento
Esqueça o filme divertido de 2007, com bordões pop e esperança logo após uma desilusão. Tropa de Elite 2 – Agora o Inimigo É Outro, é muito mais sério, pessimista, denso e corajoso, sensações que saltam no calor do pós-sessão.
Se José Padilha tinha dado a cara a tapa em Tropa de Elite, a passagem do capitão a coronel Nascimento provocou um filme para-raios da sociedade brasileira.
Esse aumento tanto da contundência como do pessimismo tem um porquê: já não havia mais a necessidade de explicar cada um dos personagens. Todo mundo sabe quem é e o que pensa o Bope do filme, como funciona a cabeça do capitão Nascimento e onde Padilha aponta sua câmera-metralhadora. Já que não há necessidade de cerimônias, quando as primeiras imagens de Tropa de Elite 2 ganham a tela, o filme começa de fato. O terreno está estabelecido e bola para frente.
A trinca direção-roteiro-montagem cria uma sinuca de bico. Como o filme está inteiramente calcado em situações reais, óbvio que gera discussão e debate em torno de suas afirmações. Ao mesmo tempo, tem uma imensa capacidade de sucção do espectador, e, por ser mais contundente que o primeiro, a digestão é até mais demorada.
Traduzindo: percebe-se como o filme cutuca diversos interesses (drogas, política, milícias, corrupção, desigualdade etc), mas a reflexão sobre tudo o que se passa durante a projeção fica para depois. Na verdade, para bem depois do filme porque durante não há muito tempo.
Em Tropa de Elite, o sistema e seus tentáculos para manter tudo como está era o protagonista do filme. Já na complexa trama da sequência, o crescimento das milícias nos morros cariocas é a estrela do filme, tendo em coronel Nascimento o responsável por interligar os núcleos a serem apresentados. Grosso modo: Governo e Estado, com a Secretaria de Segurança Pública logo abaixo; o Bope, cujo protagonista é André Mathias (André Ramiro), e a polícia, representada por Fábio (Milhem Cortaz, o ex-02); a disputa entre tráfico e milícia; Direitos Humanos e sociedade, ilustrados na figura do ativista Diogo Ferraz (Irandhir Santos); a imprensa, tanto com a corajosa repórter Clara (Tainá Müller) como o sensacionalista apresentador Fortunato (André Mattos).


Claro que os primeiros ataques de coronel Nascimento vão aos Direitos Humanos. Porém, o personagem de Wagner Moura vai de um lado a outro, percebendo que sua avaliação nunca saíra da superfície. Tropa de Elite 2 resolve ir mais a fundo, juntar algumas peças, fugir da alienação de seu protagonista e, com o mesmo ritmo alucinante do primeiro, chega a um entroncamento do qual não mais sairá: apesar de interligar as peças do jogo político, não sabemos as soluções.
Escrever logo após o final do filme é ter de lidar com um impacto avassalador. Isso não é pouco num momento de produção excessiva de imagens e informação. Ainda mais com um filme que dá porrada em tanta gente e está aberto a receber porrada de todos os lados. Sobra chumbo grosso para o "Sistema", “o povo dos Direitos Humanos”, a politicagem, imprensa e por aí vai. Um filme sofisticado, que deixa claras suas conexões sem ser didático, com uma “pegada” de ação, mas cheio de espaços para conflitos psicológicos.
Na costura do filme, direção-roteiro-montagem têm uma sintonia fina, assim como o trabalho de atores. Wagner Moura faz um arco da explosão do primeiro filme à implosão do segundo. Sua atuação acompanha integralmente a essência do filme: diferente do antecessor, a continuação é voltada para dentro, algo que se reflete no semblante acabado de Nascimento. Assim como o personagem percebe suas limitações, o filme chega a um entroncamento do qual não mais sairá.
Temos também Irandhir Santos (que cara bom!) no papel mais visceral de sua ascendente carreira. No conjunto, os personagens colocam suas emoções para fora. Cabe tanto a Moura quanto a Santos o abacaxi de conviver com o que permanece dentro.
Num primeiro momento, o filme parece um soco no estômago, mas depois sente-se que é uma desilusão com a miséria moral e humana. É só olhar para a cara de Wagner Moura que tudo está dito: “eu sou um nada”.
Tropa de Elite 2 liga peças não tão fáceis de serem ligadas. E se tivesse sido lançado antes das eleições do primeiro turno?


Charles Chaplin no filme O Grande Ditador

The Great Dictator
O Grande Ditador (PT/BR)
Chaplin usou a semelhança física de seu personagem numa paródia a Hitler.
 Estados Unidos
1940 •  p&b •  124 min 
Produção
DireçãoCharles Chaplin
RoteiroCharles Chaplin
Elenco originalCharles Chaplin
Paulette Goddard
Jack Oakie
Génerocomédia
Idioma originalinglês

IMDb: (inglês) (português)
Projeto CinemaPortal Cinema
The Great Dictator (br / pt: O Grande Ditador) é um filme estadunidense de 1940, do gênero comédia, dirigido por Charles Chaplin.
Foi lançado em 15 de outubro de 1940 e satiriza o nazismo, o fascismo e seus maiores propagadores, Adolf Hitler e Benito Mussolini. Foi o primeiro filme falado de Chaplin também.

 Enredo

Info Aviso: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).
O filme começa durante a Primeira Guerra Mundial. Chaplin é um cadete do exército da nação fictícia da Tomânia e tenta salvar um soldado chamado Schultz (Reginald Gardiner). O personagem de Chaplin perde a memória quando o avião dos dois colide com uma árvore. Schultz escapa das ferragens, e Chaplin passa seus próximos vinte anos no hospital, enquanto muitas mudanças acontecem em Tomânia: Adenoid Hynkel (também interpretado por Chaplin), agora o grande ditador da Tomânia, perseguia judeus com a ajuda dos ministros Garbitsch (Henry Daniell) e Herring (Billy Gilbert).
Curado, mas ainda com amnésia, Chaplin retorna à sua barbearia no gueto judeu, ainda sem saber da situação política da Tomânia. O barbeiro fica chocado quando tropas de choque quebram a janela de sua loja. Encontra, depois, um amor, Hannah, uma linda moradora do gueto.
Enquanto isso, Schultz, que recebeu várias promoções nesses vinte anos, reconhece o barbeiro e dá ordens às tropas de deixá-lo em paz. Hynkel tenta diminuir a repressão aos judeus quando uma oportunidade de empréstimo com um banqueiro judeu. Hynkel começa a ficar obcecado com poder, e aspira a dominação mundial. Há uma cena clássica onde Hynkel brinca com um globo inflável, para acidentalmente estourá-lo no final. Eventualmente, o empresário judeu recusa o acordo, e Hynkel reinstaura a perseguição aos judeus.
Schultz é contra a invasão ao gueto que Hynkel está planejando. O ditador manda o general para um campo de concentração. Schultz foge para o gueto e começa a planejar junto com os outros moradores do lugar uma forma de tirar Adenóide Hynkel do poder. No fim, ambos (Schultz e seu amigo barbeiro) são presos.
Hynkel tenta conseguir o apoio de Benzino Napaloni (Jack Oakie), ditador de Bactéria, para ajudá-lo na invasão de Osterlich. Depois de muitos conflitos (incluindo guerra de comida) entre os líderes, a invasão ocorre com sucesso. Hannah, que tinha fugido para Osterlich com os moradores da pensão onde vivia no gueto em Tomânia, mais uma vez se encontra encurralada pelo regime de Hynkel.
Schultz e o barbeiro escapam do campo de concentração usando uniformes de soldados. Guardas confundem o barbeiro com o ditador Hynkel (com quem ele se parece muito). Ao mesmo tempo, Hynkel é preso pelos seus próprios soldados que acreditam que se trata do barbeiro.
O barbeiro, que havia assumido a identidade de Hynkel, é levado para a capital da Tomânia para um discurso de vitória. Tal discurso é o total oposto das idéias anti-semitas de Hynkel, expõem idéias democráticas há muito na cabeça do barbeiro.
Hannah ouve a voz do barbeiro no rádio, e fica surpresa quando ele se dirige a ela:
"Hannah, está me ouvindo? Onde quer que esteja, olhe para cima! Olhe para cima, Hannah! As nuvens estão subindo, o Sol está abrindo caminho! Estamos fora das trevas, indo em direção à luz! Estamos indo para um novo mundo; um mundo mais feliz, onde os homens vencerão a ganância, o ódio e a brutalidade. Olhe, Hannah!".
O filme termina com Hannah olhando para cima, com um sorriso no rosto.
Info Aviso: Terminam aqui as revelações sobre o enredo (spoilers).

 Elenco


Paulette Goddard e Charles Chaplin no trailer de O Grande Ditador.

 O discurso

Ao final do filme, o personagem de Chaplin dá um belo discurso[1] falando de direitos humanos no contexto da Segunda Guerra Mundial. Segue:

"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos! ( segue o estrondoso aplauso da multidão ).
Então, dirige-se a Hannah :
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!."

Curiosidades

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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